terça-feira, 27 de novembro de 2012

Aulas de Biologia - Profª. Luciane


Atenção alunos dos 1ºs anos do EM: a prova de Bio será na quinta-feira 29/11. Abaixo estão conteúdos que poderão ser solicitados, além daquilo que estudamos nos CAs.


Matéria orgânica e gás oxigênio na água

Oxigênio dissolvido e DBO

 Oxigênio Dissolvido (OD) é a quantidade de oxigênio atmosférico dissolvido na água; é um fator limitante para manutenção da vida aquática e de processos de autodepuração em sistemas aquáticos naturais e estações de tratamento de esgotos.
Durante a degradação da matéria orgânica, as bactérias fazem uso do oxigênio nos seus processos respiratórios, podendo vir a causar uma redução de sua concentração no meio.
Quanto maior o volume de matéria orgânica – esgotos – for lançado em um corpo d’água, maior será o consumo (demanda) de oxigênio usado na respiração dos seres aquáticos (em especial, das bactérias decompositoras). A concentração de oxigênio presente na água vai variar de acordo com a pressão atmosférica (altitude) e com a temperatura do meio. Águas com temperaturas mais baixas têm maior capacidade de dissolver oxigênio; já em maiores altitudes, onde é menor a pressão atmosférica, o oxigênio dissolvido apresenta menor solubilidade.
Uma das causas mais freqüentes de mortandade é a queda na concentração de oxigênio nos corpos d’água. O valor mínimo de oxigênio dissolvido (OD) para a preservação da vida aquática, estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05(2) é de 5,0 mg/L, mas existe uma variação na tolerância de espécie para espécie. As carpas, por exemplo, conseguem suportar concentrações de OD de 3,0 mg/L, sendo que a carpa comum chega até mesmo a sobreviver por até 6 meses em águas frias e sem nenhum Oxigênio Dissolvido, (ANOXIA). Tais valores seriam fatais para as trutas, que necessitam de uma concentração maior de Oxigênio Dissolvido para sobreviverem, em torno de 8,0 mg/L de OD. O peixe Dourado sobrevive por até 22 horas em águas anóxicas a 20°C, enquanto que as larvas destes peixes são menos tolerantes que os adultos. Isto porque os valores letais dependem do estágio de vida dos organismos, sendo geralmente mais exigentes os estágios mais jovens.
 De maneira geral, valores de oxigênio dissolvido menores que 2 mg/L pertencem a uma condição perigosa, denominado HIPOXIA, ou seja, baixa concentração de Oxigênio dissolvido na água.
Quando há o lançamento de uma carga orgânica num corpo d`água, ocorre um grande aumento dos micro-organismos aeróbios decompositores, que se alimentam de resíduos orgânicos biodegradáveis, provocando um drástico aumento na DBO (demanda bioquímica de oxigênio). A DBO é a quantidade necessária de oxigênio para a metabolização da matéria orgânica biodegradável existente no meio aquático. Em conseqüência do aumento da DBO, ocorre uma rápida diminuição, chegando a zero, na quantidade de oxigênio dissolvido, essencial para os organismos aeróbios, como os peixes. Os maiores aumentos em termos de DBO, num corpo d’água, são provocados por despejos de origem predominantemente orgânica.

Eutrofização

A matéria orgânica lançada na água (proveniente do esgoto doméstico) acelera o processo de decomposição realizado por bactérias aeróbias (micro-organismo que consomem oxigênio). Durante o processo de decomposição, estas bactérias liberam nutrientes na água, principalmente nitrato e fosfato, que são elementos fundamentais para as plantas e outros animais que vivem na água. As algas em contato com estes nutrientes passam a proliferar exageradamente e formar uma intensa camada de algas planctônicas na superfície da água, impedindo dessa forma a penetração da luz. Se há um rápido crescimento de algas há também maior mortalidade delas e consequentemente mais decomposição ocorrerá, diminuindo a disponibilidade de oxigênio na água. Os animais não tendo a disponibilidade de oxigênio na água passam a morrer também propiciando um processo cíclico que, se continuar por muito tempo e não for tratado e removido do rio, causará o desaparecimento dos animais. Restando apenas a camada de alga na superfície e a diminuição na concentração de oxigênio (chegando praticamente a zero), os micro-organismos anaeróbios passam a proliferar com mais intensidade e a matéria orgânica que fica no fundo do rio é decomposta por estes seres. Este processo libera óxidos de enxofre para a atmosfera que dão cheiro de podridão à água. Portanto o controle da poluição por matéria orgânica é fundamental para a manutenção do equilíbrio do ecossistema aquático e consequentemente da qualidade da água.

VACINAS

Quando uma substância estranha penetra em nosso corpo um verdadeiro exército de defesa entra em ação. Fazendo parte desse exército estão proteínas especiais chamadas anticorpos, que são produzidas como resposta à presença da substancia estranha que é chamada antígeno.
As vacinas contém agentes infecciosos inativados ou atenuados, toxinas inativas ou outros componentes que induzem a produção de anticorpos ao serem introduzidos no organismo. Esses agentes podem ser vírus ou bactérias.
As vacinas correspondem,portanto, à antígenos que não provocam a doença mas induzem o sistema imunológico do organismo a produzir anticorpos específicos que neutralizando agente causador da doença.
A primeira vacina de que se tem registro na história surgiu em 1796, quando o médico britânico Edward Jenner desenvolveu uma forma de imunização contra a varíola. Ele descobriu que, ao expor uma pessoa à versão bovina do vírus, ela tinha inicialmente reações leves, mas com rápida recuperação e, mais tarde, desenvolvia imunidade contra a versão humana da doença. "Ao entrar em contato com o sistema imune, a vacina provoca uma reação de proteção e gera nele uma memória", explica a professora Wirla Maria Tamashiro, do Departamento de Microbiologia e Imunologia do Instituto de Biologia da Universidade de Campinas (Unicamp). "Essa memória possibilita que o sistema imunológico tenha uma resposta rápida e eficiente de controle infeccioso quando o mesmo agente entrar no organismo".
Apesar de os cientistas conhecerem esse mecanismo, o processo de produção de vacinas não é simples. "Existem várias formulações diferentes de vacinas. Em primeiro lugar é preciso identificar o agente causador da doença que se quer combater", diz a professora. Ela explica que a vacina pode ser produzida a partir de componentes de um microorganismo ou dele próprio, morto ou atenuado. "No caso da poliomielite, por exemplo, o agente causador é isolado e trabalhado em laboratório até que se consiga uma cepa atenuada do vírus. Ela não tem o mesmo poder de infecção e é suficiente para induzir uma proteção no hospedeiro".
Mas nem sempre o microorganismo em si é responsável por provocar a doença. "Às vezes, a causa é uma substância tóxica que ele produz, então a vacina precisa neutralizar essa toxina. Em outros casos, o problema não é o vírus ou a bactéria, mas a quantidade dele no interior do hospedeiro, então é preciso controlar sua multiplicação", esclarece Wirla Tamashiro. Ela também ressalta que alguns vírus, como o HIV, possuem mecanismos de escape do sistema imunológico muito eficientes, tornando o trabalho de produção de vacina muito mais difícil. "A gente pode produzir anticorpos mas eles não são suficientes para proteger, porque o vírus fica escondido dentro de uma célula do próprio sistema imune, que não consegue enxergá-lo. Além disso, ele consegue passar de uma célula para outra sem ter acesso aos anticorpos em circulação". Por isso, a professora acredita que a descoberta de uma vacina nesse caso ainda pode levar muitos anos ou até mesmo nunca acontecer.
As ações de vacinação são coordenadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde que tem o objetivo de erradicar, eliminar e controlar as doenças imunopreveníveis no território brasileiro.
A vacinação é a maneira mais eficaz de evitar diversas doenças imunopreveníveis, como varíola (erradicada), poliomielite (paralisia infantil), sarampo, tuberculose, rubéola, gripe, hepatite B, febre amarela, entre outras.



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